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Seu filho come mal? Conheça a educação alimentar para crianças

Seu filho come mal? Conheça a educação alimentar para crianças

Se sofre com as recusas e as manias do seu filho durante as refeições, você não está sozinho. Essa é uma das principais queixas nos consultórios pediátricos e afeta cerca de ¼ das crianças. Mas essa não é uma queixa que possa ser ignorada ou diminuída, a má alimentação não traz consequências apenas durante a infância, mas pode também se estender até a fase adulta.

Quem convive com criança sabe, pode ser muito difícil introduzir alimentos saudáveis no cardápio diário, mas é fundamental que eles sejam apresentados desde cedo. Uma alimentação saudável significa crescimento e desenvolvimento, tanto físico quanto psicológico.

Mas a palavra não é dieta e sim educação alimentar. Isso porque ao contrário do que muitos acreditam, o hábito alimentar não é instintivo e não é baseado apenas no sabor da comida, as experiências que a criança tem durante o ato da refeição também podem influenciar na formação do paladar e no relacionamento com os alimentos.

Mas, como aplicar a reeducação alimentar infantil?

Veja a seguir.

Paladar infantil

“Paladar infantil” é o termo utilizado para se referir ao hábito de uma pessoa adulta recusar determinados grupos alimentares – principalmente os mais saudáveis e nutritivos. Porém, esse hábito não começa na fase adulta da vida, esse comportamento, portanto, é resquício de uma má alimentação na infância.

Como identificar? Quando o consumo de comidas pré-prontas e de comidas formadas por gorduras trans e saturadas – como salgadinhos, sorvetes, macarrão instantâneo e fast-food – se torna frequente, enquanto o consumo de alimentos como cereais, grãos, legumes, frutas e saladas, vira raridade.

Essas pessoas também são conhecidas por serem “chatas com comidas”, ou seja, elas não estão abertas a experimentar novos pratos e constantemente se prendem a um ou dois tipos de pratos em todas as refeições.

Além deste comportamento provocar perdas na variedade alimentar, ele também pode estar sujeitando o indivíduo a casos de anemia, aumento do colesterol ruim, aumento dos triglicérides, insuficiência nutricional e energética, entre outros problemas de saúde.

Então, lembre-se a reeducação alimentar não é apenas para crianças, se você, adulto, que está lendo este artigo se identificou com estas características, busque mudar os seus hábitos. Sim, ainda dá tempo!

Desafios na educação alimentar para crianças

Como citamos anteriormente, a educação alimentar não está relacionada apenas à comida em si, mas também às experiências e ao que acontece em cada fase do desenvolvimento. Entender que muitas crianças apresentam seletividade alimentar transitória e típica da idade pode ser útil no ajuste de expectativas.

Durante a fase lactante, por exemplo, a principal mudança, como todas já sabem, é a transição para alimentos sólidos. Até o primeiro ano de idade o leite materno (ou a fórmula infantil, em caso de impossibilidade de amamentar) é a principal fonte de nutrientes.

A partir do segundo ano de vida, no entanto, há um decréscimo na velocidade de crescimento e, como consequência, uma diminuição no apetite diário da criança. Este é um momento de descobertas e assim como a criança passa a ser seletiva com relação às roupas, brinquedos e programas televisivos, ela também passa a ser seletiva com relação à comida. Este é o momento de começar a apresentar os alimentos certos, de forma fracionada no café da manhã, lanche, almoço, lanche e jantar.

Quando chega a época escolar é quando os verdadeiros desafios começam aparecer, afinal é um momento de socialização, autonomia e independência para as escolhas alimentares. Apesar de algumas instituições escolares proverem refeições, os pais devem continuar sendo os exemplos responsáveis por organizar o esquema alimentar.

Ou seja, é preciso cuidar dos horários e hábitos na mesa, assim como os alimentos apresentados. É importante também que a criança com dificuldade alimentar seja acolhida, sem ser pressionada a comer, já que isso pode causar repulsa, mesmo que inconsciente.

Reeducação alimentar infantil

O primeiro passo para a reeducação alimentar infantil é dar o exemplo. Isso porque o núcleo familiar de uma criança tem um papel muito importante na hora de criar comportamentos. Outro passo que você deve ter em mente é: quanto mais cedo a educação alimentar começar, mais fácil será o processo.

Uma dica que pode ajudar na educação alimentar para crianças é incluir e integrar os pequenos no preparo das refeições, eles se sentirão incluídos, participativos e voluntariamente buscarão provar novos alimentos. Isso também inclui levar as crianças ao mercado e apresentar os alimentos, ensinando sobre eles - isso provoca curiosidade e incentiva na hora da ingestão.

Outra dica é sempre desenhar um prato bem colorido. Os alimentos movimentam outros sentidos além do paladar, então, para prender a atenção da criança, você pode convidá-la para escolher alimentos de diferentes cores na hora de montar o prato.

Mas o principal passo é, justamente, apresentar diferentes alimentos. Muitos pais deixam de apresentar alimentos porque acreditam que a criança não vai gostar, mas talvez você se surpreenda com a reação dos pequenos.

Na hora da refeição, estabeleça algumas regras como comer sempre na mesa, sem distrações como televisão, computador ou celular. Mas não seja autoritário; castigos e pressão só irão fazer com que a criança tenha aversão ao momento da refeição.

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Se você perceber que o comportamento seletivo permanece igual, ou está piorando, o ideal é buscar a ajuda de um pediatra e nutricionista. Eles irão pesquisar mais a fundo o caso, entendendo quais são as soluções ideais e quais estratégias devem ser envolvidas.

Quando você se alimenta, provavelmente percebe que muitos sentidos estão presentes na experiência. A comida é capaz de modular o tom das emoções e ganhar familiaridade, tendo resultados surpreendentes. Ou seja, esse é um momento que deve ser respeitado e apreciado, paciência e persistência fazem toda a diferença.

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